Para alguns comentaristas, futebol e política não se misturam. São duas esferas separadas da sociedade, que não se conectam ou interagem. As situações do cotidiano, no entanto, colocam essa perspectiva abaixo quase todo semana. Os exemplos de episódios envolvendo futebol e política são diversos e acontecem em diversas partes do mundo.

O último evento aconteceu em uma partida disputada no Velho Continente. A UEFA abriu uma investigação contra o Qarabag, equipa do Azerbaijão que joga a Liga Europa, a segunda competição de clubes mais importante do mundo, atrás apenas da Liga dos Campeões da Europa, após a partida em que a equipe perdeu para o Villarreal, por 3 a 1, na quinta-feira passada.

Vale lembrar que após a pandemia do novo coronavírus, competições pelo mundo estão sendo retomadas. Todas elas, no entanto, ainda não contam com a presença do público, para evitar a disseminação da doença. Torcedores podem participar dos jogos apostando em sites como o portal www.apostasesportivas365.com

A guerra entre a Armênia e o Azerbaijão, que estourou em setembro, fez com que a partida fosse disputada em Istambul, conforme previamente decretado pela UEFA por motivos de segurança. Essa é uma das estratégias da entidade para driblar conflitos entre países que disputam uma mesma competição de clubes.

O motivo da estratégia adotada pela principal entidade do futebol europeu são declarações do chefe de imprensa do Qarabag em sua página no Facebook, o que causou rebuliço nas redes sociais entre os torcedores e dirigentes de futebol.

“Devemos matar todos os armênios: crianças, mulheres, idosos, sem arrependimento ou compaixão. Se não os matarmos, eles irão matar a nós e aos nossos filhos” , escreveu Nurlan Ibrahimov na rede social.

O clube tentou se distanciar das palavras de Ibrahimov, embora condene veementemente as atividades de guerra da Armênia em seu país: “Condenamos veementemente os repetidos bombardeios e assassinatos de civis inocentes pelas forças armadas armênias nas cidades de Barda e Tártaro”, diz um trecho do comunicado publicado na página oficial do clube.

Exigimos uma resposta internacional à destruição, perda e sofrimento de civis inocentes como resultado desses ataques”, explicam. Apesar da repercussão e da grande reação entre dirigentes, torcedores e comentaristas, essa não é a primeira vez que o conflito  entre Armênia e Azerbaijão afeta o mundo do futebol.

O caso mais conhecido, entre outros, foi o do armênio Henrikh Mkhitaryan , que quando jogava pelo Arsenal e decidiu não disputar a final da Liga Europa contra o Chelsea na temporada 2018-2019, quando foi disputada em Baku, capital do Azerbaijão.

Na ocasião, o jogador foi questionado por torcedores e dirigentes do próprio clube, mas não voltou atrás em sua decisão. Na ocasião, o Chelsea acabou vencendo o rival inglês por 4 a 1 e ficou com o título da competição.

Portalpatos