03/05/2019
De onde saiu o boato de que Sales poderia renunciar? Luiz Gonzaga Lima de Morais De onde saiu o boato de que Sales poderia renunciar? Luiz Gonzaga Lima de Morais
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Antigamente os boatos tinham poucos locais de difusão. Era o salão de barbeiro, o salão de beleza, a praça de táxis, os pontos de encontro tipo “Balança” ou Paizão. Hoje as redes sociais substituíram tudo isso com uma capacidade infinitamente maior. Por isso temos que ter um cuidado imensamente maior com os “cliks” que damos. Uma simples brincadeira pode se transformar em uma “fake” de consequências imprevisíveis. Outra fonte de propagação de boatos são os programas de rádio com participação popular. Basta um ouvinte perguntar se tal fato está acontecendo para numa cadeia fulminante o fato passar a ser dado como realmente acontecido, justamente porque alguém ouviu aquilo no rádio.

Não sei exatamente de onde surgiu o boato de que Sales poderia renunciar. Várias pessoas me telefonaram nas últimas horas para comentar o assunto. Segundo um destes interlocutores tudo teria surgido com uma pergunta feita por um ouvinte em um programa de rádio.  “Quem assumiria o cargo de prefeito de Patos, se Sales Júnior renunciasse?”. Diante dos problemas de sucessão que têm acontecido nos últimos tempos na administração municipal, a pergunta é pertinente. Um ilustre jurista local já explicou muito bem a questão. A resposta dada pela Lei Orgânica no Município é uma só: “Art.73 – Em caso de impedimento do prefeito e do vice-prefeito, assumirá o presidente da Câmara”. Foi o que aconteceu em Patos. Afastado Dinaldinho e tendo seu vice Bonifácio Rocha renunciado ao posto, assumiu o presidente da Câmara, vereador Sales Júnior. Todo mundo sabe das dificuldades existentes hoje para administrar Patos, o que talvez tenha dado margem a que pensasse na hipótese de Sales também se julgar sem condições de governar a cidade. Daí teria nascido o boato.

Mas persiste a curiosidade. E se realmente acontecesse uma renúncia de Sales? Assumiria a presidente da Câmara Tide Eduardo, enquanto se faria uma nova eleição para presidente da Câmara, porque Sales, ao renunciar ao exercício interino da prefeitura, estaria em consequência renunciando também à presidência da Câmara, cuja condição lhe impunha o exercício provisório do mandato de prefeito. Se Tide fosse eleita presidente da Câmara continuaria no exercício interino da prefeitura. Não sou um jurista abalizado para comentar o caso, mas concordo com os ilustres juristas que têm se manifestado até agora neste sentido. Sales não perderia a condição de vereador apenas a de presidente da Câmara.

Acreditamos piamente que Sales está determinado a continua no posto, enquanto isto lhe for imposto pelas circunstâncias. Sabemos das dificuldades para administrar hoje a cidade de Patos, mas torcemos por que Sales conviva com estas dificuldades e vá “tocando o barco”, enquanto torcemos também pelo restabelecimento da normalidade com a volta de Dinaldinho, com força total para restabelecer a normalidade administrativa na nossa cidade. (LGLM)

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Fonte: Por Luiz Gonzag

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