Germano Damascena [foto ao lado do pai] foi um dos parentes mais próximos do médico Orlando Damascena, que morreu na madrugada desta quarta-feira 20/5 em João Pessoa vítima da covid-19 (doença causada pelo novo coronavírus), que acompanhou de perto o drama na luta do médico para vencer a doença.
Bastante emocionado o jovem fez um desabafo nas redes sociais em homenagem ao pai e ao mesmo tempo de agradecimento aos vários elogios que doutor Orlando vem recebendo desde o anúncio de sua morte.
Pessoas que foram pacientes do médico e até outras que só o conheciam pela simplicidade, probidade e generosidade e que não tiveram a oportunidade, assim como seus próprios parentes de participar de uma cerimônia fúnebre de despedida, estão a todo o momento depositando flores na porta da clínica GINECAN pertencente ao médico na Rua Pedro Firmino.
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Leia na íntegra a homenagem e o agradecimento de Germano Damascena
Fico muito grato por testemunhar hoje a grandeza do carinho que as pessoas tinham por meu pai. Foi tanta gente que sentiu verdadeiramente o que estamos sentindo agora ao ponto de que, por mais que quisesse, não conseguiria responder a tudo.
É muito difícil, principalmente porque foi inesperado e não tivemos tempo de nos prepararmos emocionalmente para o que estamos passando hoje.
Infelizmente é triste saber que não fomos e nem seremos os únicos a passar por isso no momento. Quantos outros milhares de pais partirão? Espero sinceramente não ver mais amigos próximos e familiares que estão lutando diariamente para permanecerem com saúde sentirem o peso de uma morte que é, para nós, maior que outras dez mil.
Agradeço a todos pelo carinho e que o expressaram de alguma forma.
Agradeço a todos os meus familiares e amigos próximos pela força que nos deram.
Em especial aos médicos e grandes amigos dele que nos apoiaram de forma incomensurável e direta, como Dr. Vanderlite, Dr. Segundo, Dr. Raniere, Dr. Antônio Fausto e Dr. Galileu. Pois sem vocês, tudo teria sido absurdamente mais difícil.
Agradeço, mas tenho muita pena de imaginar o que passam os doentes e as famílias que não têm o acesso e às condições que tivemos.
Foram dias angustiantes. Te amo meu pai.