Psicóloga, humorista e produtora de conteúdo são as definições mais comuns para Lorrane Silva, conhecida popularmente como “Pequena Lo”. Aos 24 anos, ela se tornou fenômeno na internet desenvolvendo esquetes para o Tiktok relatando situações do dia a dia. Com cinco milhões de seguidores nas redes sociais, a influencer conta que conquistou um sonho de infância: ser conhecida por milhares de pessoas pelas suas produções. A popularidade da jovem, que começou a fazer esse tipo de conteúdo no ano de 2015, também é usada como forma de conscientização para a presença de Pessoas Com Deficiência (PCD) na sociedade. Ela é a convidada da apresentadora Fabi Saad no programa “Mulheres Positivas”, da Jovem Pan, nesta segunda-feira, 7.
A mineira da cidade de Araxá, que precisou passar por cinco cirurgias ao longo da infância para lidar com uma síndrome não identificada, mas associada à displasia óssea, falou um pouco sobre suas experiências quando criança e sobre a importância de não associar a felicidade a projetos específicos da vida, e sim tê-la presente sempre que possível. “Eu acho que ao colocar a felicidade em algumas coisas, talvez quando chega o momento [projetado] da felicidade a gente vê que não é aquilo que faria a gente feliz”, relatou. Apesar disso, ela garantiu que fazer sucesso na internet foi como ter um desejo de infância realizado. “Eu já sonhava com isso, mas eu não sabia que seria daquele jeito, então eu estou muito feliz com o que está acontecendo”, disse. A positividade passada por ela nos vídeos é marca dentro da família e alavancou os números dela, que começou o ano com 80 mil seguidores no Instagram e chega a dezembro com mais de dois milhões. No Tiktok, plataforma que a revelou ao público das redes sociais, ela soma mais de 3 milhões.
Com o tempo, as produções diversificadas se tornaram a ocupação principal da jovem, que passou a fazer uma série de publiposts e incentivou a representatividade em outras grandes marcas. Para ela, isso foi uma revolução. “Eu vejo uma evolução mesmo em como ela me enxergam. Antes eu era vista como a ‘Pequena Lo deficiente’, hoje eles conseguem me enxergar como a ‘Pequena Lo humorista e produtora de conteúdo’ Isso é muito bom, essa evolução eu consigo ver nitidamente através dos meus seguidores e das marcas que me procuram hoje em dia”, afirmou. Para ela, o início da pandemia foi um momento no qual a sua positividade foi questionada. “Fiquei um pouco perdida, será que eu continuava gravando, será que eu começava a atender? Aí eu resolvi me dedicar aos meus vídeos, à constância de postagem ali, porque o humor também ajuda muito”, disse. O acompanhamento terapêutico também foi considerado como algo importante naquele momento.
Apesar de ser amada por muitos, ela encontra haters desde o início da carreira. Essas pessoas, que são minoria, terminam servindo de aprendizado. “Acho que a maioria gosta do meu trabalho e é isso que me dá força, me motiva para continuar”, afirmou. Como uma dica para aqueles que assistem o programa, ela lembrou da importância de acreditar no próprio potencial. “Se eu não acreditasse em mim eu acho que talvez eu não tivesse persistido tanto no meu sonho, que era ser reconhecida por milhares de pessoas, que é o que está acontecendo hoje em dia. É um passo lento, se conhecer e acreditar em nós mesmos, mas acho que é um dos principais. Se você sabe que é bom, o que as outras pessoas vão te dizer ao contrário não vai te afetar”, garantiu. Como livro inspirador, Lorraine indicou uma famosa produção que ganhou quando era criança antes de uma das suas cirurgias: “O Pequeno Príncipe”; como filme, ela lembrou da produção “Viva, a vida é uma festa”, da Disney. E, ao citar uma mulher que admira, a influencer falou de Tata Werneck: “Quando ela me descobriu e me mandou mensagem, eu fiquei muito feliz”, lembrou.
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Fonte: Jovem Pan