29 de Dezembro de 2013-29 de Dezembro de 2022: passaram nove longos anos desde o dramático acidente de Michael Schumacher, uma queda desastrosa em esquis nas encostas cobertas de neve de Meribel, Suíça.

O sete vezes campeão mundial de F1, o primeiro a conseguir tal façanha em corridas motorizadas de alto nível, foi submetido a duas operações ao cérebro nos dias imediatamente a seguir no hospital de Grenoble, França. Desde então pouco, na verdade quase nada aconteceu sobre a sua verdadeira condição, com a sua família, a começar pela sua esposa Corinna, empenhada em manter o máximo sigilo. Poucas, e extremamente selectivas, visitas de antigos amigos. E nenhuma pista deles sobre a situação de Michael: a família pediu e obteve respeito e observância da privacidade.

Nos últimos meses foi o seu filho Mick que se expôs publicamente no grande campeão capaz de ganhar cinco campeonatos mundiais consecutivos a bordo de uma Ferrari. O segundo filho de Michael jogou duas temporadas na F1 ao volante do Haas e será motorista de reserva da Mercedes em 2023. 'Aqueles momentos familiares que tantos passam com o pai já não estão lá para mim, ou pelo menos de uma forma menor, e na minha opinião isso é bastante injusto', disse ele numa entrevista para um docufilme lançado pela Netflix no Verão de 2022. Penso que agora nos entenderíamos de uma forma diferente simplesmente porque falaríamos uma língua semelhante, a língua das corridas motorizadas, e teríamos tantas coisas para falar. E é este pensamento que fica na minha cabeça a maior parte do tempo, porque se fosse possível seria bonito. Eu abdicaria de tudo para poder fazer isso.

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