Quatro pessoas foram presas neste domingo (10) nos municípios paraibanos de João Pessoa e Pombal. Eles são suspeitos de envolvimento no assassinato do policial civil Jerre Adriano dos Santos Ribeiro, de 48 anos (foto abaixo) ocorrido no sábado (9), no município de Cajazeirinhas, no Sertão.
A Polícia Civil da Paraíba revelou que detalhes sobre o caso só serão dados em entrevista coletiva marcada para às 10h desta segunda-feira (11), na 15ª Delegacia Seccional de Patos.
O crime aconteceu na saída de uma vaquejada. Havia um grande engarrafamento na saída do evento e, em dado momento, se iniciou uma discussão entre o policial e o motorista de um outro carro. Segundo testemunhas, o autor do crime deu três tiros contra a vítima, todos na cabeça, tão logo descobriu que se tratava de um policial. O homem teve morte imediata.
De acordo com a Polícia Militar da Paraíba, que foi acionada após a confusão, o policial civil foi identificado como sendo Jerre Adriano de Sousa Ribeiro. Ele atuava na delegacia de Passagem, que é ligada à Seccional de Patos, e estava na Polícia Civil desde 2016.
Outras três pessoas estavam no carro com o autor dos disparos e todas fugiram após o crime. Por meio de nota, a Polícia Civil da Paraíba lamentou a morte do policial.
Na manhã deste domingo (10), uma ação realizada pelas polícias Civil e Militar resultou nas prisões de três suspeitos de participação no assassinato do policial civil.
Desde a hora do homicídio, a polícia iniciou as diligências e descobriu que os suspeitos seriam de Pombal. As prisões foram feitas em residências no bairro Santa Rosa. Fontes policiais, que estavam na ação deste domingo, revelaram que foram presos em Pombal os seguintes suspeitos: Erbte Davis Alves Diniz, Vitor Gabriel e um terceiro. Já o autor dos disparos fatais, Jorge Henrique dos Santos Fernandes, se entregou à polícia na capital, João Pessoa.
Os detidos em Pombal foram encaminhados à delegacia de polícia civil local, onde foram autuados, mas transferidos para Patos por medidas de segurança, conforme revelou a polícia.
VERSÕES PARA O CRIME
Jerre teria se identificado como policial, ocasião em que um dos assassinos efetuou os disparos que atingiram sua cabeça, provocando a morte no local. Sua arma também foi roubada pelos criminosos, que fugiram em um carro.
De acordo com o delegado Héctor Azevedo, em seu depoimento, afirmou que teria sido ameaçado pela vítima antes de matá-lo. Porém, a arma utilizada no crime não foi apresentada a polícia e disse que após fugir do local se defez tanto da arma quanto do carro que estava dirigindo.
“A versão que ele apresentou aqui na delegacia foi que ao se dirigir para o seu carro, pegou o veículo sozinho, foi em direção a um outro local onde o carro dos seus amigos estava estacionado e ao chegar próximo, ele buzinou chamando os amigos para ir embora. Ao buzinar, a vítima teria mostrado a arma pra ele dizendo que quem mandava lá na localidade era ele (policial), depois disso, se aproximou do carro, e ele, portando arma do fogo por se dizer ameaçado, efetuou os disparos”, disse o delegado.
Segundo o delegado Héctor, o mesmo tem antecedentes criminais e já foi sentenciado em primeira instância pelo crime de roubo, além de ser investigado por um outro homicídio ocorrido em junho do ano passado. Ele foi recolhido na Central de Polícia para o cumprimento de mandado de prisão temporária, de 30 dias, podendo ser renovado, e o Poder Judiciário decidirá se ele ficará na capital ou será transferido para o Sertão.
Para polícia Civil o policial foi vítima de outro crime. Segundo o delegado Afrânio Brito, ao todo, quatro pessoas participaram do crime, que se tratou de um latrocínio, roubo seguido de morte, sendo praticado apenas para subtrair a arma do policial.
“Identificamos os autores, porque foram quatro pessoas que participaram, e hoje logramos êxito e conseguimos prender dois que participaram da morte do policial. Foi um latrocínio. Mataram para levar a arma dele, a princípio, temos já que foi pra subtrair a arma dele”, afirmou o delegado Afrânio Brito.
A advogada Raquel Dantas, responsável pela defesa do suspeito, também falou à imprensa na porta da delegacia e disse que seu cliente esclareceu que estava sozinho no carro no momento do fato e relatou que não sabia que a vítima se tratava de um policial civil.
“Ele esclareceu os fatos aqui na delegacia, importante salientar que no momento do fato não tinha ninguém acompanhando ele no carro, há outras pessoas presas, mas ele estava sozinho. Inclusive, relatou que ele não sabia que se tratava de um policial civil, que no momento do ocorrido apenas a pessoa do policial, que infelizmente chegou a óbito, levantou a camisa, mostrou a arma, sacou em direção a ele, ele achou que iria matá-lo e reagiu”, disse a advogada.
Raquel Dantas informou que achou por bem o cliente se apresentar em João Pessoa, pois estariam havendo ameaças contra sua vida.
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Fonte: Portal 40 Graus