Investigação apura vazamento de conversas de Eduardo Tagliaferro sobre o TSE e inquéritos contra Bolsonaro e aliados
A Polícia Federal intimou nesta quarta-feira (21) Eduardo Tagliaferro, ex-auxiliar do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sua esposa e seu cunhado, Celso Luiz de Oliveira, para depor na quinta-feira (22) sobre os vazamentos de mensagens de WhatsApp de Tagliaferro que apontam que Moraes teria agido “fora do rito” em investigações envolvendo Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. A informação é do UOL.
A investigação foi aberta a pedido do ministro Alexandre de Moraes após a Folha de S. Paulo divulgar o teor das mensagens de Tagliaferro, que chefiou a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED) do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) durante a presidência de Moraes. Tagliaferro deixou o cargo após ser preso por violência doméstica em maio de 2023, e seu cunhado entregou seu aparelho telefônico à Polícia Civil de São Paulo dias depois.
As mensagens reveladas pela Folha de S. Paulo mostram o que seria um ‘uso informal’ da estrutura do TSE para abastecer investigações no STF. No entanto, na visão de especialistas, nada de errado ou comprometedor foi comprovado pelas mensagens. Diálogos entre Tagliaferro e o juiz Airton Vieira, auxiliar do gabinete de Moraes no STF, indicam pedidos de produção de relatórios sobre postagens de pessoas investigadas no inquérito das Fake News.
Após as revelações, ministros do STF, incluindo o presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, e o decano Gilmar Mendes, saíram em defesa de Moraes. Em sessão no STF, Moraes afirmou que todos os alvos dos relatórios já eram investigados nos inquéritos das Fake News ou das milícias digitais, ambos sob sua relatoria. Ele também destacou que todos os documentos oficiais foram acompanhados pela Procuradoria e que os recursos contra suas decisões foram mantidos pelo plenário do STF.
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Fonte: Brasil 247