Em entrevista ao jornalista William Waack, da CNN, o agora ex-ministro da Educação Carlos Alberto Decotelli afirmou que os erros em seu currículo se tratavam de “inconsistências explicáveis”.
Ele ainda disse que Jair Bolsonaro pontuou como fator determinante para a demissão a negação da FGV de que Decotelli teria sido professor da instituição. “O presidente Jair Messias Bolsonaro convidou-me para fazer um trabalho de gestão, um trabalho de integração e um trabalho de diálogo com todas as pessoas brasileiras que queiram melhorar a Educação brasileira. Essa é minha proposta. Eu sou um profissional de gestão, de integração, de diálogo, eu sou de um ambiente de sala de aula. Por esse aspecto, eu então vim trabalhar. Aceitei a proposta do presidente Jair Messias Bolsonaro e comecei a desenhar então um projeto para implementar no comando do MEC”.
“Esse projeto foi questionado pelo fato da minha inconstistência curricular, inconsistências essas que, no mundo acadêmico, são explicáveis. São citações, quantidade de citações, maneira de pesquisas, registros ou não registros. Mas a destruição da continuidade veio pelo fato da construção fake da Fundação Getúlio Vargas divulgar que eu nunca fui professor da FGV. Então essa informação divulgada pela FGV fez com que o presidente me chamasse e dissesse: ‘se até a Fundação Getúlio Vargas, onde o senhor trabalha há 40 anos, ministrando curso, vários de seus alunos têm seu nome impresso no certificado, está negando que o senhor não é professor da FGV, então aí é impossível o governo continuar sendo questionado sobre essas inconsistências no seu currículo’. O que, portanto, tornou inviável a minha continuidade, segundo a percepção do presidente hoje, foi o questionamento, carta formal da FGV”, contou Decotelli.
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Fonte: Brasil 247