Anthony Fauci teve uma notável carreira como um dos principais pesquisadores do vírus HIV em todo o mundo. Mais recentemente, ele foi o rosto do programa norte-americano de combate à pandemia de covid-19.
Mas o vírus que o hospitalizou recentemente é outro, muito diferente.
Em agosto, Fauci, com 83 anos de idade, começou a sentir sintomas de febre, calafrios e fadiga. Ele contraiu a febre do Nilo Ocidental, causada por um vírus transmitido por mosquitos.
O patógeno foi descoberto em Uganda, nos anos 1930. Mas Fauci não contraiu o vírus no leste africano.
Na verdade, um mosquito infectado supostamente o picou no quintal de casa, nos Estados Unidos — e estes incidentes estão se tornando cada vez mais comuns.
Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC, na sigla em inglês) declararam à BBC que 2 mil americanos contraem a febre do Nilo Ocidental todos os anos. São 1,2 mil doenças neurológicas potencialmente fatais e mais de 120 mortes, anualmente.
"Todos podem estar em risco", afirma a professora de pediatria Kristy Murray, da Universidade Emory em Atlanta, no Estado americano da Georgia. Ela estuda o vírus do Nilo Ocidental há quase duas décadas.
"Uma simples picada de mosquito é tudo o que é preciso para ser infectado", explica ela. "E, embora a forma grave da doença atinja principalmente os indivíduos mais idosos, os jovens também podem ficar doentes."
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Fonte: Correio Brasilience